Nessa passagem de João 13, Jesus está transmitindo aos seus discípulos as coisas que realmente importam na vida com Deus e com o próximo. Princípios como a humildade, servidão e obediência, todas essas, facetas do amor Divino, foram ensinadas e vivenciadas por Jesus. Ele liderava por influência e exemplo, servindo e amando os seus discípulos, até o fim. Com base nessa revelação, ele termina o assunto no verso dezessete e diz:
“Portanto, se compreenderdes esse ensinamento e o praticardes, abençoado ( felizes ) sereis.
Algo me chamou a atenção e uma nota subiu no meu coração: “Minha felicidade está em compreender e praticar a Palavra!” Boom! A luz explodiu em meu interior!
Você não pratica aquilo que ainda não entendeu. Às vezes, temos a tendência de achar que, porque ouvimos ou lemos um assunto e mensagem, aprendemos. Não! O ensino é o início do aprendizado. O fim é a prática!
Didaticamente, os educadores comprovam que só podemos afirmar que sabemos de algo, quando essa informação se torna parte da nossa vida, afetando a nossa maneira de pensar, sentir, falar e viver a vida. Caso esse processo não ocorra, não aprendemos ainda o que devemos aprender!
O objetivo da Palavra ensinada é para que eu pratique o que estou lendo e ouvindo.
“Estas são as leis, isto é, os decretos que Yahweh, o Senhor, teu Deus, ordenou que eu vos ministrasse, afim de que coloqueis em prática na terra na qual estais entrando com o objetivo de tomardes posse dela. Sendo assim, tu, teus filhos e teus netos temereis a Yahweh, o Senhor vosso Deus, e obedecereis a todos os seus estatutos e mandamentos,
que eu hoje vos ordeno, para que os guardeis durante a vossa existência, a fim de que vossos dias sejam felizes e se prolonguem na terra.”
Deuteronômio 6.1-2
Quanta riqueza nessa passagem! Deus estabeleceu que, se, eu praticar os seus ensinamentos, obedecendo seus princípios durante a minha jornada nessa vida atual, eu, meus filhos e netos, provaremos da felicidade e da bondade que só Ele pode nos proporcionar. Simples assim!
A parábola do sábio e do insensato
“Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando? Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante. É semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha; e, vindo a enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa e não a pôde abalar, por ter sido bem construída. Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a terra sem alicerces, e, arrojandose o rio contra ela, logo desabou; e aconteceu que foi grande a ruína daquela casa.”
Lucas 6.46-47
Nessa passagem de Lucas, os estudiosos bíblicos confirmam que alguns discípulos de Jesus já mostravam sinais de falsidade e deslealdade, pois o chamavam formalmente de “Senhor” em grego: “kurios”, que significa “mestre a quem se deve seguir com lealdade absoluta”, mas não praticavam o que Ele lhes ensinava.
A maneira como eu edifico a minha vida revela o que eu tenho de fundamento. Pergunta: Onde e como eu estou construindo os meus alicerces? Disso depende a minha segurança, pois, na hora da provação e dificuldades proporcionadas pela vida, é só a palavra que você considera que irá prevalecer sobre você. Aos não praticantes, é certo que a destruição virá.
“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência. Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar.”
Tiago 1.22-25
Não se engane! Ouvir e não praticar não te faz ser um sucesso em Deus. Ouvir é muito importante, afinal, fé vem por ouvir e ouvir a Palavra de Cristo! Porém, como dizia o irmão Hagin “Fé vem por ouvir, fica pelo meditar e cresce pelo praticar”
“desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação, se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso.”
1 Pedro 2.2-3
Pense nesse exemplo simples que darei a você. Imagina que você vai há um restaurante italiano, cujo prato principal da casa é um belo filé mignon à parmeggiana, com a massa do macarrão feito de forma artesanal, coberto com um molho de tomate e queijo ralado abundante. Pra acompanhar, um suco de uva integral, vindo lá do Sul! Gente! Tô emocionado!!! Então, eu sento à mesa, faço o meu pedido, espero com paciência os próximos 30 minutos, enquanto degusto a entrada de pães regado no azeite. O prato principal chega. O garçom corta o filé mingon na colher do macarrão mesmo, de tão macia que a carne está. Assim eu sou servido de forma generosa. Ele então me diz:
Bom apetite!
Eu vejo o prato, sinto o seu aroma e digo: É isso! Já posso ir embora! Então eu me levanto, e deixo o local sem ao menos saboreado o meu pedido.
Que tragédia! Que tristeza! Que sofrência! Que tolice foi essa meu pai eterno!
Bom, é assim que as vezes nos comportamos com o banquete espiritual. Deus prepara uma uma mesa farta para nós e diz: Prove e veja!
A Palavra deve ser experimentada, saboreada, provada. Só assim saberemos que o Senhor é bom. Só assim teremos alegria na vida.
André Martins